É preciso arrumar o
guarda-roupa
E aquela gaveta de
recados
E todos os demais
guardados
Que se acumulam interiorizados
Em qualquer canto do
quarto
Em qualquer tanto de
nós
Ao tentar
arrumar
Tudo vai parecer mais
atrapalhado
Desembola do
guarda-roupa
E se espalha por todo
o quarto
Da garganta a gente
arranca
E derrama pra todo
lado
Quando a faxina é na
alma
Exige ainda mais
tempo e cuidado
Mas no final do árduo
trabalho
de deixar tudo
ajeitado
É que a gente se dá
conta
Que a desordem causada
Pra arrumar a bagunça
acumulada
Mesmo que doa um pouquinho
É o que nos abre o
caminho
De uma vida mais amada
Pois a roupa mal
guardada
Atrasa nossa saída de
casa
Enquanto a vida
desacertada