domingo, 19 de novembro de 2017

O homem novo

É quentinha a luz que vejo em sua volta
Enquanto você sorri constante
Fazendo bochecha doer de tanto esticar.

Constante é também o que te faz felicidade
Nessa idade primavera
Na idade de florir
Você em qualquer cidade
Reluzindo o fim da tarde
Refletindo a flor na brita
Contemplando qualquer nada
Que te faça emergir.

É perfeita a cor que te envolve
E que transpassa, fluida
A quem encontra você

E você
Tao aberto a se encontrar
Não deixa passar um bate papo,
uma flor vulgar no canto da rua
sem se transformar.

O seu (en)canto

Ela tem a sua forma de encostar no sentido da vida
Uma forma de sentir o universo como uma brisa
E de dançar com ele segurando a barra da saia.

Ela gosta de se entranhar na vida do lugar que pisa
De envolver-se e conhecer gente que a envolva
E lhe deixe no corpo o cheiro de pertencimento.

Há tanta alma e vibração no que diz
Que as vezes sai embaralhado
Mas quase sempre
Consigo pegar o sentimento do que ela fala
e sorrir

Quando ela canta
Causa em mim o alvoroço de passarada
de uma tarde quente de domingo.