Enquanto corto os legumes do
almoço
sozinha com meus pensamentos
ouvindo a Brasileiríssima,
crio versos
viajo nas letras das canções
inventando amores para elas...
me dito contos,
poemas,
mas não os transcrevo,
por causa das mãos molhadas.
E quando toca
aquela música que me toca,
fecho a porta, aumento o som e canto alto,
danço
sozinha na cozinha,
e por mais que o almoço atrase,
não me há pressa,
por isso
não me apresse,
que é pra não quebrar a prece,
que se faz dentro de mim.
De
tardinha, tudo pronto,
é hora de me ditar,
a poesia que se fez na cabeça,
e no
papel se quer guardar.
De noite, antes de dormir,
como ensinou o poeta,
só me
resta meditar,
meditação que vira prece,
até o sono chegar.
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Desenho de Priscila Tonon |
Adorei!
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