Floriano tu sabes
Minha paixão por ti
foi logo que te vi
Já quis te sentir, em você
me deitar...
Aqui onde o som é de
crianças no parque
Ensurdecido no fim da
tarde pelas maritacas
Que procuram agitadas
se albergarem nas palmeiras
Exaltadas, com medo
de ficarem sem vaga.
Aqui onde a grama é
livre de placas de “não pise”
E se pode estender
lençol, e deitar no chão,
E se alongar na prosa,
até sentir o pôr do sol
Enquanto os laços se
estreitam
E os braços se
ajeitam
Os pés se roçam
E os olhares se
cruzam, meio sem jeito
Querendo arriscar o
primeiro beijo.
Aqui onde o velho
brinca de ser atleta
O Circense anuncia a
peça
E o andarilho pede
afeto, querendo de todos um aperto de mão.
Onde o menino pede a
bola
E os apaixonados
perdem a guia
Dos cachorros que se
embolam conosco no chão.
Onde em minhas costas
você desenhou árvore
E a criançada se
juntou, admirando o artista
Pensando ser ele um grande
tatuador.
Onde alinho as costas
na grama
Acalmo a alma, esqueço
as horas
Nenhum comentário:
Postar um comentário