sábado, 6 de maio de 2017

FLORIANO

Floriano tu sabes
Minha paixão por ti foi logo que te vi
Já quis te sentir, em você me deitar...

Aqui onde o som é de crianças no parque
Ensurdecido no fim da tarde pelas maritacas
Que procuram agitadas se albergarem nas palmeiras
Exaltadas, com medo de ficarem sem vaga.

Aqui onde a grama é livre de placas de “não pise”
E se pode estender lençol, e deitar no chão,
E se alongar na prosa, até sentir o pôr do sol
Enquanto os laços se estreitam
E os braços se ajeitam
Os pés se roçam
E os olhares se cruzam, meio sem jeito
Querendo arriscar o primeiro beijo.

Aqui onde o velho brinca de ser atleta
O Circense anuncia a peça
E o andarilho pede afeto, querendo de todos um aperto de mão.

Onde o menino pede a bola
E os apaixonados perdem a guia
Dos cachorros que se embolam conosco no chão.

Onde em minhas costas você desenhou árvore
E a criançada se juntou, admirando o artista
Pensando ser ele um grande tatuador.

Onde alinho as costas na grama
Acalmo a alma, esqueço as horas
Me sinto em paz!




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